São poucos os DJs que viveram no começo da cena underground de seu país e que contribuíram para que a mesma exista hoje em dia. Este é o caso de Marcio S. Original de São Paulo e na indústria há mais de 10 anos, o artista passou sua juventude escutando grandes nomes nacionais como DJ Mau Mau, Renato Lopes, Magal e eventualmente, com muita dedicação, se introduziu na cena que estava somente começando a se formar em solo brasileiro.
Mantendo seus sets com um mix harmonioso de House e Techno, Marcio consegue convidar Chicago e Detroit para dentro de um contexto brasileiro, tanto que sua visão artística e rica bagagem musical lhe renderam reconhecimento nacional e internacional. Residente do Club D-EDGE, já dividiu o deck com gigantes como Carl Craig, Ian Pooley, Daniel Bell, Dubfire, Jamie Jones, Guy Gerber e Solomun.
Marcio também foi convidado para participar em 2014 do Boiler Room Amazônia, compartilhando do trabalho que realizou em Manaus junto com a Seven Entertainment, trazendo um som que não faz parte do circuito cultural da grande maioria dos estados do norte do Brasil. Junto com a Seven, onde o DJ começou como residente em 2009 e foi posteriormente convidado para cuidar da direção artística, conseguiu realizar 3 festivais Seven Music Festival.
No início Marcio tocava em qualquer tipo de festa que normalmente seriam motivo de piada em comparação aos grandes eventos nos quais ele se apresenta hoje, mas ele não se arrepende de ter passado por isso, afinal, através da discotecagem livre e sem qualquer tipo de rótulo, fez as pessoas dançarem do pop ao underground. Essa abertura para as mais diversas experiências surgiram das diversas fontes de onde Marcio bebeu quando jovem.
O DJ pegou sua primeira balada em 1990 enquanto o underground se estabelecia e se tornava parte da cultura do Brasil. Marcio também frequentou diversos clubs de black music e é daí que surge seu conhecimento de hip hop e funk para adicionar ao seu amor por techno e house. Existe uma certa tranquilidade que se passa quando o DJ é tão confiante no seu gosto e em suas referências que abre os ouvidos da pista para tracks inusitadas, e é assim que Marcio borra as linhas que dividem o techno e o house, o underground e o pop, o clássico e o contemporâneo.